O tratamento da gengivite consiste na remoção de biofilme dentário (placa), remoção de fatores retentivos de placa (cálculo/tártaro, restaurações defeituosas e outros) e na orientação de uma correta higiene bucal. Ele é baseado em, principalmente, mudanças comportamentais (orientações de higiene bucal individualizadas, suporte para a cessação do tabagismo e orientações na dieta) e intervenções clínicas de raspagem, alisamento e polimento dos dentes. Esse tratamento é comumente chamado de “limpeza dental”.

O tratamento também é baseado em, principalmente, mudanças comportamentais (orientações de higiene bucal individualizadas, suporte para a cessação do tabagismo e orientações na dieta). Em geral é realizada a raspagem e alisamento da coroa e raiz dos dentes para a remoção da placa e cálculo/tártaro localizados abaixo da gengiva. Geralmente optamos por realizar esse tratamento de maneira não cirúrgica, mas,  eventualmente, pode ser necessário realizar uma cirurgia para acessar melhor algumas regiões dos dentes em casos em que não há uma resposta de tratamento adequada.  O tratamento da periodontite é feito com anestesia local e costuma ser realizado em sessões (por regiões) de acordo com a necessidade do paciente.

Os procedimentos são tranquilos e, na grande maioria das vezes, indolores! Com o tratamento periodontal, curamos o processo infecto-inflamatório e, dessa forma, estabilizamos a progressão da perda óssea e reduzimos as chances de perda dentária!

Depois do tratamento o paciente deve manter seu acompanhamento de manutenção para evitar a recorrência da doença.

O tratamento da Peri-Implantite tem como objetivo a resolução do processo inflamatório ao redor dos implantes e a prevenção de perda óssea futura. Podem ser realizados os tratamentos cirúrgicos e não-cirúrgicos.

Muito dos resultados do tratamento periodontal pode ser perdido ao longo tempo se não realizarmos as mudanças comportamentais necessárias para a manutenção da saúde.

Para evitar a recidiva da doença e a perda dentária, as consultas de manutenção periodontal são essenciais. Não existe uma regra sobre essa periodicidade. A frequência de consultas de cada paciente vai ser definida pelo periodontista de acordo com suas características e necessidades.

A rotina de consultas de manutenção inclui uma atualização na história médica e odontológica do paciente; revisão radiográfica (quando necessária); exame intra e extraoral; exame dentário e periodontal; remoção de biofilme (placa); raspagem e polimento dentário e orientação de higiene bucal.

Assim como a manutenção periodontal é eficaz em manter a saúde gengival dos dentes, a manutenção da saúde dos implantes também tem esse propósito. Pacientes que realizam consultas regulares de manutenção apresentam menores taxas de doenças peri-implantares, consequentemente menores riscos de virem a perder os implantes. 

A correção do sorriso gengival pode ser realizada com diversas abordagens, dependendo da causa da exposição demasiada de gengiva ao sorrir. Algumas das alternativas são as cirurgias gengivais de gengivectomia/gengivoplastia ou aumento de coroa clínica, aplicação de toxina botulínica, uso de aparelho ortodôntico, realização de cirurgia ortognática e alguns outros procedimentos.

Gengivectomia é uma técnica cirúrgica que tem como objetivo reduzir o aumento do volume gengival, tanto de origem inflamatória induzida pela placa dental ou induzido por uso de certas medicações. O procedimento é realizado sob anestesia local no consultório odontológico. A recuperação costuma ser bastante tranquila. No entanto, são necessários alguns cuidados pós-operatórios como qualquer procedimento cirúrgico odontológico.

A Gengivoplastia é um procedimento cirúrgico realizado para corrigir a altura gengival e o sorriso gengival. Diferentemente da Gengivectomia ela não tem como seu principal objetivo diminuir o volume da gengiva e sim corrigir a altura. O procedimento é realizado sob anestesia local no consultório odontológico. A recuperação costuma ser bastante tranquila. No entanto, são necessários alguns cuidados pós-operatórios como qualquer procedimento cirúrgico odontológico.

O aumento de coroa clínica é todo o procedimento cirúrgico periodontal que tem como objetivo expor uma maior quantidade da coroa dentária. Pode ser por uma razão estética, semelhante à gengivoplastia, ou por razões funcionais, para possibilitar a restauração de um dente.  Geralmente o aumento de coroa clínica requer a regularização da altura óssea de acordo com a nova posição da gengiva. Assim como as demais cirurgias de regularização do nível gengival, o aumento de coroa clínica também tem é realizado no consultório odontológico com anestesia local. Tem uma recuperação bastante tranquila, mas também requer alguns cuidados no pós-operatório.

Os enxertos gengivais podem ser realizados com o intuito de corrigir retrações gengivais, aumentar o volume gengival e ganhar mais tecido ceratinizado. As técnicas variam de acordo com o objetivo do procedimento. Os enxertos podem ser de tecido conjuntivo ou epitélio+conjuntivo e podem de origem autógena (da própria pessoa) ou xenógena (biomaterial de origem animal). O enxerto autógeno geralmente é coletado da região do palato (céu da boca), mas dependendo do caso pode ser removido de outra região. Já o enxerto xenógeno é um biomaterial formado apenas de fibras colágenas de origem animal, sem qualquer risco de contaminação. Ambos são extremamente seguros e não causam rejeição. A escolha entre o uso de um ou outro depende do objetivo da cirurgia, condições do paciente ou somente por escolha. Os procedimentos são feitos no consultório odontológico com anestesia local e requerem cuidados pós-operatórios bem rígidos como, principalmente, repouso e alimentação líquida e gelada.

O recobrimento radicular é o tratamento para a correção de retrações gengivais.   Muitas vezes está associado a enxertos gengivais, mas em casos onde há uma espessura adequada de gengiva pode ser realizado sem essa associação. Existem inúmeras técnicas, mas todas visam tracionar a gengiva para recobrir a raiz do dente exposta. O procedimento é feito no consultório odontológico com anestesia local e tem duração de, em média, 1h30 a 2h dependendo do número de dentes a serem abordados ou da complexidade do procedimento. O tratamento requer cuidados pós-operatórios bem rígidos como, principalmente, repouso e alimentação líquida e gelada. 

Existem diversas formas de tratamento para a sensibilidade dentária. Em geral, o objetivo dos tratamentos é a obliteração dos túbulos dentinários (pequenos canalículos na estrutura do dente que levam o estímulo até o seu interior). A forma mais comum de tratamento é a colocação de uma substância de uso tópico que pode ser utilizada tanto pelo dentista quanto pelo paciente. Também podem ser realizados tratamentos restauradores e laserterapia. A cirurgia plástica periodontal também está entre as possíveis técnicas a serem usadas, mas geralmente não é utilizada isoladamente. Essencial para o tratamento da hipersensibilidade dentinária é avaliar as suas possíveis causas e intervir como um auxílio no tratamento e prevenção do aumento da hipersensibilidade.

Como aproximadamente 85% dos casos patológicos estão relacionados com problemas bucais, muitas vezes o tratamento da halitose/mau hálito se resume ao tratamento de doenças bucais como a doença periodontal, cáries e abscessos. Uma correta higiene bucal, incluindo a higienização da língua, ajuda a reduzir o mau hálito. O correto tratamento será definido após uma avaliação criteriosa para definir suas causas.